Raios Gama e o fim do mundo.

Há um estrela binária a 8.000 anos-luz de nós, pobres teráqueos, e que está prestes a explodir. Isso não é lá grande coisa, você pode pensar, mas o x da questão é que esta estrela, batizada de WR 104 (WR de Wolf Rayet, tipo de estrela muito massiva), tem o seu polo apontado para o nosso planeta Terra.

Isso significa que, em caso de a estrela explodir, o estouro de raios gama provenientes podem agir como um verdadeiro raio da Estrela da Morte, que pode derreter a nossa camada de ozônio. É claro que muitas variáveis estão envolvidas nesta situação, tornando tal evento de possibilidade remota, mas os astrônomos vêem a situação com cautela.

Geralmente as estrelas explodem em supernovas, o que não é lá muito grande em se tratando de extinções estelares, mas outras acabam explodindo na forma de raios gama, que carregam mais energia que o Sol teria em toda sua existência. Tais raios têm sua erupção pelos polos, daí a preocupação dos estudiosos.

Modelos de simulação indicam que, no evento de tal raio vir em nossa direção, o impacto inicial seria a degradação da camada de ozônio e a formação de dióxido de nitrogênio, basicamente uma fumaça poluente. As moléculas de ozônio se quebrariam e o buraco na camada aumentaria para 30% mundialmente e 50% no local. Para se ter idéia do perigo envolvido, a luta pela preservação da camada de ozônio visa a evitar que o buraco aumente mais que 5% mundialmente.

A boa notícia é que não se sabe quando esse gigante pode explodir, podendo ser amanhã ou daqui há 1.000, ou 20.000 anos. Não se sabe ao menos como essa estrela irá estourar. Então todos podem ficar mais tranquilos (ou não).

Fonte: JN