Procurando provas.

Senta que lá vem a história! Comecei a procurar por provas de infestações de Zumbis, abafadas pelos governos de todo o mundo. Basicamente, o que faço é estudar os relatos de infestações e verificar sua veracidade. E a partir de hoje vou postar aqui os fatos que verifiquei serem verdadeiros ou não. Então vamos lá.

Existe um boato de que o navegador Hanoo, em sua viagem de colonização pela costa do litoral africano, bateu de frente com Zumbis. Isso em 425 a.c.. O caso se deu da seguinte forma: ele mandou 35 homens para procurar água potável numa selva muito fechada. Antes de saírem, os adivinhos que acompanhavam a expedição avisaram a Hanno que deveriam sair imediatamente daquele lugar pois ele era amaldiçoado por demônios e abandonado pelos deuses. Ignorando o conselho de seus adivinhos, o navegador mandou os homens. Somente 7 retornaram com vida. Antes do retorno de seus homens, Hanno e sua tripulação ouviram gritos de desespero e sons aterrorizantes. Quando os 7 chegaram ao navio, o relato foi de que sofreram um ataque de homens com dentes de cobra e olhos infernais, que mordiam e devoravam a carne dos marujos. Mesmo cortando a carne de seus atacantes, os homens de Hanno não conseguiam causar o menor dano neles, sua carne rasgava mas eles não se importavam e não percebiam os ataques. Somente os 7 conseguiram fugir sem nenhum arranhão. Todos os outros foram deixados para trás.

Os adivinhos estavam certos e ainda avisaram que, se os feridos fossem trazidos para o navio, trariam sofrimento para tudo o que tocassem! Imediatamente, os homens levantaram âncora e partiram pedindo a Deus, perdão por abandonarem aquelas pobres almas naquele lugar horrível!

Pois bem, comecei a pesquisa procurando pelos relatos da viagem de Hanno. Tais relatos são resumidos em 18 parágrafos no então chamado Periplus Hannonis, que foi publicado no Jornal de Coimbra numa edição de 1819. De acordo com os relatos originais, a única parte que bate com o boato seria uma junção de partes de parágrafos diferentes. Deixo aqui os trechos que podem ter alguma relação.

XIV. Taking on water here, we sailed on for five days along the coast until we came to a great bay which our interpreters called the Horn of the West. In it was a large island and in the island a salt-water lake, within which was another island where we disembarked. By day we could see nothing but a forest, but by night we saw many fires burning and we heard the sound of flutes and of beating of cymbals and drums and a great din of voices. Fear came upon us and the soothsayers bade us leave the island.

XVI. We left there hurriedly in fear and sailing for four days we saw the land by night full of flames. In the middle was a high flame taller than the rest, reaching, as it seemed, the stars. By day it was seen to be a very high mountain called the Chariot of the Gods.

XVII. Thence sailing for three days past fiery lava flows we reached a gulf called the Horn of the South.

XVIII. At the farther end of this bay was an island, like the first, with a lake, within which was another island full of savages. By far the greater number were women with shaggy bodies, whom our interpreters called Gorillas. Chasing them we were unable to catch any of the men, all of whom, being used to climbing precipices, got away, defending themselves by throwing stones. But we caught three women, who bit and mangled those who carried them off, being unwilling to follow them. We killed them, however, and flayed them and brought their skins back to Carthage. For we did not sail further as our supplies gave out.'

Com isso, acho que fica nítido que, em nenhuma hipótese ou teoria, podemos dizer que o boato era verídico; muito menos afirmar que Zumbis habitavam a costa oeste africana.

Deixo claro que não estou querendo provar que Zumbis não existem; pelo contrário, quero provar a existência deles.

Até