quarta-feira, 23 de julho de 2008

Promethea



A Graphic Novel Promethea criada por Alan Moore e J.H. Williams III, foi lançada aqui no Brasil pela Pixel dívidida em cinco livros especiais.

Com uma história muito bem construída, a graphic novel traz uma lenda baseada na obra Shakesperiana "Sonhos de uma Noite de Verão", onde uma das quatro serviçais da Rainha das fábulas de fadas vira idílio na poesia de um autor fictício que data do século 16. Criando na imagem de Promethea sua amada.
Posteriormente essa obra poética é relembrada em meados dos anos vinte, por uma editora de jornal que conta uma história referencial a Alice no País das Maravilhas, "Little Margie in Misty Magic Land", em que uma menina viaja para um mundo fantástico e lá encontra Promethea, que até então seria somente uma personagem coadjuvante. Assumindo então a complexidade do papel da, agora, princesa das fadas, em situações como a que a menina não entende o ciúme de Promethea por ela variar entre o mundo normal com sua família, e o fantástico com a fada, e recebe uma resposta como "Você acha que se eu quisesse eu não teria uma família também? Que se eu pudesse voltar e viver como alguém normal já não o teria feito?", a editora cria em cima da personagem o grande brilho de sua história; que se quebra no momento em que ela volta o foco a menina fazendo Promethea se revoltar com as idas e vindas da menina e sem explicação sumir para sempre de sua vida.
A história então era cancelada e mais uma vez Promethea estava para ser esquecida, quando um jovem escritor resgata a memória de Promethea e a coloca no século XX, vivendo como uma investigadora que conta com um parceiro do FBI que traz alguns problemas de personalidade.
O fato curioso é que os três contadores da história de Promethea ao longo do tempo sofreram fins trágicos, o poeta Charlton Sennet que se suicida, uma editora que se esvai na loucura e, William Woolcott um jovem escritor gay que é assassinado por um agente do FBI esquizofrênico que acha que tal personagem era uma referência a si mesmo.
Alan Moore apresenta então ao leitor a história de Anna, uma estudante que está a procura da história de Promethea e seus mistérios.



Apresentando uma busca pelo "Sephirot", que são os dez atributos de Deus dentro da Kabbalah, Promethea não só traz um fantástico mundo criado por Alan Moore, como também traz pedaços de suas crenças e influências históricas como a mitologia egípcia, fazendo de seu grande defensor um deus chamado Tot-Hermes, que une dois deuses de tal mitologia, e grega que se faz presente em referências durante toda a obra.


E em meio a todo esse mundo criado por Moore, vive um personaegm de quadrinhos inserido dentro dessa história, "Weeping Gorilla" que é um gorilla que representa o simbolismo de Moore com relação a desilução da contemporâniedade, o personagem apenas ilustra capas de revisas espalhadas por esse mundo, e traz frases como "Me pergunte sobre meu casamento", "Porque coisas boas acontecem com pessoas ruins" ou "Ela fica com as crianças, com a casa e eu com o carro".

Enfim, uma obra que prova que quadrinhos também são arte.

3 comentários:

m disse...

Hmmm, that's interesting.

Didi Braguinha disse...

Pois é cara, achei interessante tambem! Com uma analise desta fica difícil não comprar a HQ!

Muito Bom o Post

Ed Wasko disse...

Foda!