Batman - The Dark Night, o NTs já viu. (Sem Spoilers)

Dia 14/07/2008, dia de ir ao cinema para ver um adulto com fantasia de orelhinha de morcego é uma grande provação,
e ter ainda que acreditar em tudo o que acontece como se fosse factual, dobra a dificuldade de
ter alguma identificação com o que está acontecendo na tela.

Batman, o filme, começa em silêncio, a logo da produtora não se diz presente como se espera, apenas passa, como um prelúdio do que estaria por vir.

Um assalto a banco como de vários outros filmes, homens com máscaras de palhaço e um louco como líder, tudo básico, a única diferença, é, que o banco a ser roubado guarda o dinheiro da máfia, e que todos os capangas caem, um a um, até só sobrar o líder que se apresenta numa saída espetacular, com direito a piada e competência.


Finalmente temos um herói com uma forte carga psicológica e um vilão que completa esse mesmo herói numa carga épica, um vive porque o outro vive, porém a morte de um seria o fim do outro; o dilema que vive o Homem-Morcego, a paranóia e, pasmem, admiração do Coringa ao seu inimigo, e um homem obcecado pelo bem a ponto de viver o suficiente para se ver transformado em vilão. Tudo isso ambientado em uma cidade que seria a Roma do século XXI.

O diretor Cristopher Nolan consegue trazer o personagem a um lugar que ele pertence, não se torna apenas uma obra de exaltação dos fãs de quadrinhos ou então de loucuras aos amantes de filmes onde tudo que puder explodir o faz, duas vezes mais do que o necessário; é um filme de trabalho competente, de roteiros escritos e reescritos, de atores em suas quase obras-primas (Morgan Freeman, Christian Bale, Michael Cane e outros) fazem desse Batman não um filme de quadrinhos, mas um filme de um homem que desiste da sanidade e se torna um símbolo para preservar a humanidade de outros. Uma grande obra, não é o melhor filme de todos os tempos em função de algumas falhas, sim, mas é com certeza um daqueles que não subjulga sua inteligência e com certeza vale o dinheiro gasto.